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Participantes aprendem a importância de ações sustentáveis na agricultura familiar

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Entre os dias 14 e 18 de agosto, o Centro Educacional da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), em Buritizeiro, realizou uma capacitação de Práticas Agroecológicas em parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e a prefeitura do município. A ação foi ofertada para dez beneficiários.

 

A Fucam e seus parceiros têm proporcionado cursos que trazem oportunidades para as famílias, possibilitando a garantia de renda para o seu sustento, afirma a coordenadora do Centro Educacional de Buritizeiro, Maria Alice Correa Oliveira de Souza. “O curso de Práticas Agroecológicas trouxe para os nossos alunos uma riqueza de conteúdos que versam sobre qualidade de vida, sustentabilidade, valorização do trabalhador e a qualidade dos produtos”, contou.

 

O objetivo do curso foi apresentar aos participantes os benefícios do uso das práticas agroecológicas na agricultura familiar. Soraia Luiz Silva, instrutora do Senar que ministrou o curso, destaca que as práticas agroecológicas são alternativas para incentivar o cultivo de alimentos saudáveis sem a necessidade de usar insumos químicos na propriedade. “Por meio do curso os alunos aprendem a produzir adubos, fertilizantes, fazer o controle de pragas e doenças, além de realizar o manejo do solo e da água visando a preservação dos recursos naturais”, explicou. Ainda segundo Soraia, a ideia da agroecologia é  tornar a propriedade mais produtiva. 

 

Levar os ensinamentos do curso para o dia a dia é um dos objetivos de Luiz Guilherme, de 18 anos. Ele é estudante dos cursos técnicos em agropecuária e agronegócio e participou da capacitação. “Embora eu não esteja envolvido na agricultura, estou planejando começar uma horta para diversificar minha produção. Estou empolgado em usar essas técnicas em minhas futuras produções visando criar um ambiente produtivo e, ao mesmo tempo, consciente da importância de cuidar da natureza”, relatou. 

 

Desenvolver com sustentabilidade é a marca do curso para Renan Luz Santana, um dos beneficiários do projeto. Ele conta que está fazendo o seu primeiro curso com a Fucam e um de seus principais aprendizados está sendo observar que a sustentabilidade pode ser empregada tanto na produção de um agricultor familiar quanto em uma empresa de grande porte.

 

“A agroecologia hoje não é só para a agricultura familiar e nem só para o produtor de pequena escala, a agroecologia hoje vale para todos os agricultores. Temos que criar um hábito, uma parceria de produzir mantendo os laços com a natureza, porque através da agroecologia nós conseguimos todos os materiais para fazermos preservação do solo, adubação e ter um plantio eficaz. Essa foi uma das coisas mais importantes que eu aprendi no curso. É possível sim produzir muito e produzir bem com sustentabilidade“, afirmou.

 

Renan trabalha em uma empresa que produz carvão vegetal e conseguiu, com o curso, aprender várias lições que podem auxiliá-lo na produtividade e na sustentabilidade de seu ambiente de trabalho. 

 

“Não sou produtor rural. Eu presto serviço para uma empresa em uma fazenda de carbonização. Fazendo um desenvolvimento sustentável na área de trabalho, diminuímos bastante os impactos ambientais, como contaminação dos lençóis freáticos, contaminação dos animais e degradação do solo. Todas as atividades agroecológicas que eu puder implantar na empresa serão de grande ajuda, disse."

 

O aluno acredita que cursos como este são de extrema valia para capacitar a população de Buritizeiro na produção sustentável. “Esse curso é um grande benefício para nós, porque quando sair um técnico capacitado de um curso que foi ofertado na Fucam, ele poderá produzir com sustentabilidade. Esses cursos são muito importantes para o município porque vão capacitar nosso povo de Buritizeiro”, completa Renan.

 

Senar

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Minas Gerais tem como função promover o aprimoramento profissional e a elevação do status social dos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares. Anualmente, proporciona capacitação a aproximadamente 200 mil indivíduos abrangendo uma ampla gama de setores. 

Alunos do Centro Educacional do município aprenderam sobre revisão de colméias e fixação de placas de cera no mês de Agosto

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As aulas do curso de apicultura da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), realizadas em Riachinho, estão a todo vapor no mês de Agosto. O projeto intitulado "De Flor em Flor, Um Favo de Mel" visa auxiliar os alunos a se capacitarem na gestão de empreendimentos relacionados à produção de mel e derivados. A Fundação proporciona toda a formação, material e suporte técnico para que o aluno seja capaz de trabalhar com a apicultura e ter o seu próprio negócio. 

No início do mês, os alunos participaram de uma aula prática de revisão de colméias. A aula foi ministrada pelo professor Neiri Jean Alves dos Santos no Centro Educacional da Fundação instalado no município.

Localizada no Norte do estado, a cidade de Riachinho tem uma população de 6.863 habitantes e uma área de 1.719,266 km² (IBGE/2022). Tem como ponto forte na economia a prática da agropecuária, se tornando uma cidade estratégica para a implantação da apicultura, como garante o professor Neiri. 

"O Centro Educacional da Fucam em Riachinho fica localizado a 50 quilômetros da cidade, situado no povoado de Conceição, e possui aproximadamente 2 mil hectares de pasto apícola, que fornece néctar e pólen, com destaque para a aroeira. O mel produzido a partir dessa árvore é caracterizado por ter grande presença de compostos fenólicos com ação antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana, resultando num produto diferenciado. Além da flora apícola abundante aqui na região, a questão socioeconômica para a população local foi outro fator determinante para a escolha da cidade Riachinho para implantação do projeto", explica.

Márcio Almeida de Sá, ex-aluno da Fundação Caio Martins e atual beneficiário do projeto de apicultura,, conta que desde a década de 80 é auxiliado pela Fucam. Ele foi aluno do Centro Educacional de Esmeraldas entre 1982 e 1989 e, atualmente, trabalha como professor na escola de Riachinho.

"Trabalho na Fundação. Estou trabalhando aqui no colégio. Eu vejo a Fundação Caio Martins como se fosse a minha própria família. Foi através da Fundação que eu estudei e que estou trabalhando. Se não fosse a Fundação Caio Martins, eu acho que não teria o que tenho hoje, então um pouquinho de mim pertence à Fundação. Sou ex-aluno e continuarei sempre defendendo seus ideais. " 

O curso conta com módulos agrupados em três núcleos (competências socioemocionais, tecnológico, empreendedor). Neiri é professor no Núcleo Tecnológico (formação para a produção até a comercialização dos produtos), que ajuda os alunos a atuarem na capacitação do Projeto de Apicultura da Fucam. Ele explica que o curso está organizado em aulas teóricas e práticas que proporcionam vivenciar todas as atividades da grade curricular.

"Tomei a liberdade de estruturar o curso da seguinte maneira: Introdução à apicultura, biologia das abelhas e seus principais Inimigos, materiais e equipamentos na apicultura, segurança, saúde e higiene na apicultura, instalação de apiário e pasto apícola, povoamento do apiário, técnicas de manejo, revisão de colméias e colheita, produção e beneficiamento dos produtos apícolas, comercialização de produtos Apícolas, meio ambiente e sustentabilidade”, contou.

A aula de revisão de colméias, segundo o professor e o aluno, foi um sucesso. O processo aconteceu de forma segura, com uso dos equipamentos de proteção necessários. O aprendizado é importante para que os alunos consigam reconhecer a presença da abelha rainha, avaliar o espaço disponível na colméia e observar a sanidade da colônia. 

"A aula foi excelente. Todos os colegas participaram das revisões e agora vamos passar pelo processo de implantação dos novos apiários. Já limpamos todas as áreas da implantação do projeto. O professor explica muito bem. Está ao alcance de todos os alunos, com palavras técnicas e bem explicadas”, conta o aluno Márcio.

"A aula foi um sucesso. Os alunos se mostraram interessados em observar e diferenciar quadros com mel e quadros com crias. É uma etapa de suma importância para o desenvolvimento da atividade apícola, pois permite o apicultor observar a presença da abelha rainha, que pode ser constatada pela postura de ovos nos favos, as condições de desenvolvimento do enxame, a quantidade de alimentos estocados nos favos, espaço disponível na colmeia e, além disso, permite observar a sanidade da colônia, verificando a presença de sintomas de doenças e de inimigos naturais das abelhas”, explica o professor Neiri.

Na tarde desta quinta-feira (18), os alunos tiveram uma aula em que trabalharam a fixação das placas de cera alveolada em quadros de ninhos, melgueiras e, por fim,  montaram alguns quadros de captura. Márcio conta que a aula auxiliou na aprendizagem de captura natural na área silvestre. 

"Vamos confeccionar as caixas de captura com papelão. Usamos os quadros de ninho com a cera alveolada para colocar nessas caixas e fazer a captura natural. Nós vamos colocar melgueiras nessas caixas. Eu mesmo coloquei duas melgueiras em uma caixa. Um dos alunos já tem sete caixas que já estão com abelhas, e já estão produzindo mel”.

As atividades do projeto "De Flor em Flor, Um Favo de Mel" tiveram início em 2022 nos Centros Educacionais de Riachinho, Esmeraldas e Juvenília; e já estão rendendo bons frutos para os alunos matriculados. O objetivo da Fundação é cada vez mais investir nessa atividade que protege o meio ambiente, a fim de capacitar os participantes a gerarem renda e com isso, melhorarem a qualidade de vida no campo. Além disso, com o projeto, a Fucam ajuda a projetar Minas Gerais como um dos grandes produtores de mel e derivados no país. 

Texto: Kauê Miranda

As flores e a produção do mel

pasto apicola

Desde os tempos antigos a atividade das abelhas chama atenção da humanidade. Acredita-se que a apicultura tenha surgido há cerca de 4 mil anos entre os povos sumérios e egípcios que aninhavam abelhas em potes de barro. A atividade se desenvolveu e, hoje, a produção de mel se tornou uma importante atividade econômica para muitas famílias. 

Em Januária, município do norte de Minas, alunos da Escola Estadual Caio Martins aprendem o ofício milenar por meio de um curso oferecido pela  Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) e pela Secretaria de Estado de Educação. Entre as disciplinas estudadas, estão a avaliação, identificação e levantamento de pastos apícolas.

Aline Dayane Lopes Miranda, professora do curso, explica que as plantas fornecem o néctar e o pólen para que as abelhas se alimentem e produzam mel. Esse alimento é encontrado com mais facilidade em locais denominados pastos apícolas, regiões onde as abelhas podem encontrar uma grande variedade de plantas com flores, elementos essenciais à apicultura. “Estamos seguindo para o último módulo do curso. Nessa etapa estamos desenvolvendo projetos para que os alunos coloquem, em prática, tudo que foi desenvolvido nos módulos anteriores”, contou. 

O empenho da turma encanta a professora, que se sente gratificada com os resultados de seus alunos. “Temos, no curso, alguns estudantes que já praticavam as atividades e outros que iniciaram com a gente. Como exemplo, temos um aluno, o Sr. Joaquim, que já  montou um apiário e fez sua primeira colheita de mel”, disse. 

O sonho de ser uma apicultura também move Romilda Aparecida Flores Souza, aluna do curso que relata sentir um enorme apreço pelas abelhas e pela atividade apícola. “Fui pegando amor e me identificando como apicultora, pois aprendi a me relacionar com os demais apicultores que frequentam o curso”, explicou. 

Hoje, o curso de apicultura da Fucam em Januária tem 22 alunos regulares. A oferta faz parte das ações educacionais da Fundação que visa levar educação para o campo e fomentar a geração de emprego e renda nas comunidades onde atua. 

Alunos do curso Técnico em Agropecuária da E.E. Santa Tereza, em Esmeraldas, visitam o Instituto Federal do Sul de Minas e vivenciam imersão profissional

Noticia visita tecnica IFS

 

Entre os dias 16 e 22 de julho, alunos do curso Técnico em Agropecuária da Escola Estadual Santa Tereza, instituição gerida pela Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) em Esmeraldas, participaram de um intercâmbio de conhecimento no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, em Muzambinho. 

O objetivo da viagem foi possibilitar, por meio de uma imersão técnica e cultural, a consolidação dos conhecimentos aprendidos em sala de aula. Durante a semana, os alunos vivenciaram experiências relacionadas aos diversos ambientes de trabalho e pesquisa dos técnicos em agropecuária. 

A professora Gislene Aparecida dos Santos, que acompanhou os alunos na viagem, destacou a importância do projeto para os estudantes e para a comunidade. “É com muita satisfação que tenho acompanhado os alunos nesta fantástica experiência que só enriquece a formação profissional. É meu dever, como educadora, fazer o que estiver ao meu alcance para que o conhecimento chegue até eles”, disse.  

A parceria com o Instituto Federal do Sul de Minas tem sido um diferencial na formação dos novos técnicos. A professora Gislene conta que a cooperação entre as instituições sempre agrega na formação dos alunos. “É uma semana muito rica e sou muito  grata por acompanhar e orientar os alunos no Intercâmbio, completando, com esta, a quarta turma de Técnicos em Agropecuária”, contou.

O sonho de uma vida melhor também acompanha o desejo pelo crescimento profissional. Nathália Ferreira, casada e mãe de três filhos, vê o curso técnico como um divisor de águas em sua vida. Ela conta que o intercâmbio realizado em Muzambinho proporcionou experiências únicas. “Tivemos muito acesso às informações e contato com muitas áreas, porém, o que mais me encantou foi a parte de paisagismo e jardinagem, pois é a área que eu amo e quero atuar. Foi um tempo muito valioso para mim”, disse.  

Ao finalizar o técnico, Nathália começará um curso superior. Segundo ela, estar na Fucam foi fundamental para reacender o desejo de seguir estudando. Seu objetivo, agora, é empreender junto ao esposo e formar uma empresa de paisagismo, serralheria e jardinagem. “Daqui a quatro meses quando me formar, poderei dizer que tenho uma profissão, e a visita em Muzambinho só reforçou que estou no caminho certo”, completou.

O sentimento de gratidão pela experiência foi uma das marcas do intercâmbio para o estudante Clóvis Rocha. “Foi uma maravilhosa visita técnica. Tivemos a oportunidade de conhecer uma estrutura gigantesca que nos proporcionou vivências na agropecuária, apicultura, horticultura, suinocultura e muitas outras, relatou. 

Projeto Trovão

A visita técnica dos alunos da Fucam de Esmeraldas ao Instituto Federal do Sul de Minas acontece desde 2016, quando foi firmado um Acordo de Cooperação entre as instituições. A parceria recebeu o nome de Projeto Trovão e proporciona experiências por meio de palestras e minicursos que capacitarão os alunos para, dentre outras competências,  construir e articular subsídios teóricos e práticos para empreendimentos rurais; preparar os alunos para a elaboração de projetos de diversificação da produção, com culturas adaptadas às condições climáticas da região, viabilizando de forma sustentável a propriedade rural; bem como elaborar e executar projetos de produção agropecuária.

Brincar faz bem

brincadeira e aprendizado

É brincando que se aprende! O ditado popular nunca esteve tão certo. As brincadeiras fazem parte do processo de aprendizagem das crianças pois estimulam sua imaginação, criatividade e autonomia. Por isso, as brincadeiras fazem parte da proposta pedagógica da Fundação Caio Martins (Fucam), que valoriza a educação para a autonomia dos pequenos. 

Brenda Rodrigues, pedagoga e analista educacional da Gerência de Ações Educacionais da Fundação explica que o brincar envolve inúmeros processos que fortalecem a aprendizagem das crianças. “Entendemos que as brincadeiras livres, que exercitam o potencial de criação e imaginação das crianças, são essenciais para seu desenvolvimento. Ao brincar, elas assumem papéis e criam mecanismos para agir diante da realidade, se apropriam dos espaços e desenvolvem sua percepção de mundo e autonomia”, explicou. 

Para a psicóloga e psicanalista Sthéfane Freitas, as  brincadeiras são fundamentais em um ambiente escolar. “Brincadeiras são uma importante fonte de desenvolvimento cognitivo, motor e de sociabilidade. Através do lúdico que o brincar traz, tarefas desde as mais simples, como se alimentar bem, até às mais complexas, como realizar operações matemáticas e identificar emoções, são desenvolvidas”, contou.

As  brincadeiras  também são um recurso  para tornar o ambiente escolar e o processo de aprendizagem mais atraentes, explica a professora Valquíria Araújo Palma, da Escola Estadual Núcleo Colonial Vale do Urucuia, em Riachinho. “Engana-se quem pensa que, para estudar, é preciso estar dentro do ambiente escolar tradicional. Muito pelo contrário. Atualmente, o aprendizado fora da sala de aula é cada vez mais valorizado e eficaz”, disse.