Estratégias para aprimorar habilidades cognitivas
A Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) convida você para a próxima capacitação sobre memória, trabalho e aprendizagem em tempos de internet. O evento online gratuito ocorre no próximo dia 15 de maio, das 19h às 21h. Cynthia Enoque, gerente de Ações de Educação Superior da Fundação, vai abordar acerca do processamento das diferentes capacidades mnemônicas, as formas de otimizá-las para o trabalho e para a aprendizagem, bem como o impacto da internet e das memórias artificiais na vida pessoal e coletiva.
A dificuldade de memorização tem se tornado queixa comum entre as pessoas e, durante a live, Cynthia vai dar orientações sobre ações que podem potencializar nossa capacidade de memória. A repetição é uma das maneiras mais simples e eficazes pelo fato de consolidar redes neurais. Outra forma é a emoção. “Tudo em que você envolver qualquer tipo de emoção positiva e mesmo negativa faz com que você se lembre muito daquilo”, reforça a educadora. O envolvimento de mais sentidos, além da visão e audição, também é uma estratégia que auxilia no processo cognitivo. “Muita gente não sabe, mas os sentidos que geram memórias mais vívidas são olfato, tato e paladar. Ainda assim não são tão explorados na área educacional como poderiam", lembrou Cynthia.
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Memória fora da cabeça
A internet mudou a maneira como as pessoas lidam com suas demandas diárias: compras, relacionamentos interpessoais, trabalho, estudo, consulta médica e com outros profissionais da saúde, etc. Enfim, ela nos abriu um imenso leque de possibilidades e variados suportes por meio dos quais recebemos, armazenamos e compartilhamos informações. No mundo digital, com poucos toques e cliques temos acesso ao que desejamos saber, sem muito esforço ou gasto de tempo. Isso dá segurança de que as informações necessárias poderão ser acessadas a qualquer momento.
Dados de pesquisa realizada pelo FGVcia (Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas), divulgados nos primeiros dias de maio de 2023, mostraram que o brasileiro está bastante conectado. No país, há uma média de 2,2 dispositivos digitais por habitantes, totalizando cerca de 464 milhões de aparelhos no Brasil. A população, segundo último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é 213,3 milhões de habitantes.
Essa conectividade exacerbada desperta médicos, educadores, psicólogos e outros estudiosos do comportamento humano para avaliarem a influência dos hábitos digitais sobre a cognição, a atenção e a memória das pessoas. Para a psicóloga Gabriela Paz, o uso excessivo da internet prejudica as habilidades de memorização, leitura e compreensão. “A internet é benéfica pelas facilidades que proporciona, mas ao mesmo tempo deixa as pessoas mais distraídas, com menos interesse em leitura, dificultando o aprendizado”.
Artigo intitulado “drenagem cerebral”, publicado nos últimos dias pelo periódico Journal of the Association for Consumer Research, amplamente divulgado em portais de notícias, mostrou os resultados de uma pesquisa que avaliou o impacto da simples presença de um smartphone no mesmo local que o indivíduo na cognição.
O estudo foi dividido em duas partes. Em uma os participantes precisavam se lembrar de palavras e, na outra, resolver problemas matemáticos. Em ambos, os voluntários foram divididos em grupos em que cada um estava com o celular em um local: na mesa, no bolso ou na sala ao lado. Quanto mais longe o telefone estava, melhor foi o resultado da tarefa.
Trechos do artigo revelaram que “os resultados dos dois experimentos indicam que mesmo quando as pessoas conseguem manter a atenção sustentada — como ao evitar a tentação de verificar seus telefones — a mera presença desses dispositivos reduz a capacidade cognitiva disponível (…) (Ou seja) mesmo quando você não está pensando conscientemente em seu telefone, o processo de não pensar em seu telefone requer alguns recursos cognitivos”.
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