Foram quatro dias de experiência e aprimoramento acadêmico sobre assuntos internacionais para cada um dos oito alunos da Fucam que participaram da 23ª edição da MiniOnu. A simulação da Assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) é organizada pelo Departamento de Relações Internacionais da Puc Minas e reúne estudantes de todo país que se transformam em representantes de países e organizações sociais para debater questões que envolvem a política internacional. Os estudantes da Escola Estadual Santa Teresa, gerenciada pela Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), viveram semanas de preparação junto à equipe da Diretoria de Ações Educacionais, Sociais e Produtivas (DAESP), e chegaram prontos para os debates nos comitês em que participaram no evento durante essa semana.
No Comitê “CSW” os estudantes trataram sobre a violência contra mulheres cisgênero, transgênero e travestis na América Latina e Caribe. Letícia Cristina dos Santos, aluna do 2º Ano da Escola Estadual Santa Teresa, foi a delegada do Estado Livre Associado de Porto Rico e pôde conhecer as diferentes formas de violência contra o gênero combatidas no país.
No comitê da UNICEF as alunas Ashiley Karolyne de Jesus Pereira e Kelly Karine de Souza, do 1º Ano, debateram sobre as consequências do acidente de Chernobyl às gerações atuais. Elas foram as representantes da Federação Russa e da Confederação Suíça na Assembleia.
A estudante Maria Vitória Assis Costa Ramos, também do 1º Ano da escola, representou a Jamaica no comitê da UNESCO, que tratou da temática “A música como instrumento de discriminação” no continente americano.
Na Comissão Especial para a Promoção da Segurança Étnico-Racial, do Comitê AGNU (2022), a aluna Lorrayne Pereira Gomes, do 1º Ano da Escola Santa Teresa, esteve à frente da delegação da ONG Black Lives Matter, a qual dialogou sobre a urgência em rever a Declaração Universal Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
Já o comitê OSCE (2022) tratou sobre a internet e o aumento de ataques cibernéticos. Roger Augusto Romualdo Martins Baeça, aluno do 1º Ano da escola estadual gerenciada pela Fucam, representou a Ucrânia nesse diálogo e argumentou sobre as ameaças do ciberespaço e as formas com as quais os países combatem a violência nos meios digitais.
Bruno Augusto Costa Pinto, do 3º Ano, e Mirella Caroline de Andrade, do 1º Ano, participaram do comitê Metropolis (2022), representando o Comitê Internacional de Imprensa com o compromisso de coletar, investigar, analisar e transmitir os acontecimentos da MiniOnu a todos os congressistas.
Contato com a realidade internacional
Participar da MiniOnu é uma oportunidade para que os estudantes possam desenvolver habilidades sociais, culturais, políticas, religiosas e econômicas, por meio da representação diplomática. A simulação da Assembleia da Onu trabalha a importância de estimular o desenvolvimento e o engajamento social dos jovens para com assuntos internacionais e, também, do próprio país, fazendo com que eles tenham mais contato com este tipo de debate. Além disso, o evento é uma forma de apresentar aos estudantes diversas profissões que podem seguir dentro das Relações Internacionais e desenvolver o senso de autoridade desses alunos em relação ao futuro que querem para a sua geração.
TEXTO: Matheus Arvelos e Ariane Correia (sob supervisão)