Campanha de conscientização sobre o autismo é lembrada em abril
Abril é o mês que abriga a campanha de conscientização para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O dia 02 foi escolhido pela Organização das Nações Unidas em 2007 para reforçar a importância dos cuidados, do correto diagnóstico, da inclusão e do combate ao preconceito.
Conforme explica a psicóloga e psicanalista Sthéfane Freitas, o autismo está classificado no Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM) entre os Transtornos do Neurodesenvolvimento. “É caracterizado, especialmente, pela dificuldade na comunicação e nas interações sociais, além de comportamentos repetitivos e restritivos. Essas características podem estar mais ou menos presentes dependendo do grau (leve, moderado ou severo) que o TEA apresenta”, explicou. Ainda segundo Sthéfane, um tratamento eficiente conta com uma equipe multiprofissional, que trabalhará para o bom desenvolvimento e para a inclusão. “Incluir as pessoas que possuem esse diagnóstico é de extrema importância, pois pode auxiliá-las a viver melhor e desenvolver suas habilidades sociais, além de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária”, completou.
O desenvolvimento, a aprendizagem e a inclusão de pessoas com TEA também passam pelo ambiente escolar, afirma a coordenadora do Centro Educacional da Fundação Caio Martins (Fucam) em Richinho, Hélvia Sales Franco Palma. Ela conta que a escola prima por um processo de inclusão com qualidade e equidade, sempre orientado pela legislação vigente. “É necessário garantir os direitos dos estudantes da educação especial, como o acesso às instituições escolares, ao currículo, à permanência e percurso escolar, bem como uma escolarização de qualidade, por meio da oferta dos atendimentos educacionais especializados", disse. Helvia explica, ainda, que as escolas contam com atendimento educacional especializado que visa complementar as atividades relacionadas à escolarização. “Esse atendimento suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e à independência na escola e fora dela”, reforçou.
Para ressaltar ainda mais a necessidade de trabalhar a inclusão com os estudantes, algumas atividades voltadas para o tema são promovidas pelas escolas, como é o caso da E.E. Jerônimo Pontello, em Couto de Magalhães, distrito de Diamantina. Géssica Oliveira, vice-coordenadora do Centro Educacional da Fucam no município, alerta que trabalhar a inclusão de crianças com autismo é de extrema importância, pois visa proporcionar a oportunidade de receber uma educação de qualidade em um ambiente inclusivo e acolhedor. “Promover projetos voltados para a conscientização do autismo visa compreender que a pessoa com TEA pode e deve ser estimulada em suas habilidades sociais, emocionais e de interação. Além da inclusão, Géssica explica que a inclusão de crianças com autismo nas escolas pode ajudar a reduzir o estigma, sensibilizando a comunidade escolar sobre as necessidades e potencialidades dessas crianças e promovendo uma cultura de respeito e aceitação da diversidade.