Dia do trabalhador rural ressalta quanto o mundo urbano depende do campo
Toda pessoa tem o prazer de se sentar à mesa e se servir com refeições bem preparadas, apetitosas e, sobretudo, saudáveis. Aquele arroz soltinho e o feijão cozido pouco antes de ser servido são a base da comida do brasileiro que pode ser incrementada com muitas outras delícias produzidas no campo.
É por isso que neste dia 25 de maio homenageamos o trabalhador rural, cuja atividade dura e constante é responsável por garantir que cereais, frutas, legumes, carnes, leites e seus derivados cheguem em nossas casas.
Na Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), o trabalho rural tem grande relevância, pois as bases da instituição foram construídas a partir da percepção das oportunidades de trabalho que o campo poderia ofertar às crianças, jovens e aos demais cidadãos que vivem em torno das unidades da fundação.
Por meio da oferta de cursos técnicos, jovens alunos do ensino regular ou alunos de cursos e oficinas para a população geral, a Fucam tem proporcionado, aos beneficiários, geração de renda e autonomia para os cidadãos.
Geisiele Brito Paiva Rocha, 20 anos, é aluna do curso técnico em agropecuária da fundação, na cidade de Riachinho, norte de Minas, e produtora rural. “Moro em uma fazenda próxima à Caio Martins e meu plano é sempre praticar o que aprendi no curso técnico”, conta a estudante.
Nesta quarta-feira, 24, ela e outros 41 alunos da Escola Estadual Núcleo Colonial Vale do Urucuia visitaram a feira de negócios agropecuários Agrobrasília. Geisiele disse que teve oportunidade de conhecer muitas soluções e novidades para o trabalho no campo.
Capacitação para o campo
Está a cargo da gerência de ações socioprodutivas da Fucam a criação de oportunidades com potencial de gerar trabalho e renda para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social no campo, dando a elas possibilidade de garantirem o próprio sustento. O projeto de educação capacitação para o campo, que ocorre em diversas oportunidades nos centros educacionais e que conta com parceiros como Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) tem sido aliado na formação de trabalhadores rurais para se beneficiarem com as técnicas corretas e assertivas no campo.
Oficina de minhocário, curso de apicultura, cultivo de hortas agroecológicas, viveiro de mudas de plantas nativas do cerrado mineiro e organização de feira livre são alguns exemplos de suporte ofertados à população atendida pelos sete centros educacionais da fundação.
Aline Dayane Lopes Miranda é uma das profissionais da fundação que presta serviço em Januária, norte do estado. Ela é professora do curso de apicultura e conta que a atividade é de grande importância para aquela região. “Além dos produtos oferecidos pelas abelhas que geram renda para as famílias, é uma atividade que contribui com a preservação do meio ambiente”.
Além do ensino sobre a criação e manejo das abelhas, os alunos recebem todo material e insumos necessários para o aprendizado do ofício.
Na agenda da ONU
O assunto é tão relevante que se tornou pauta permanente na agenda da ONU. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estabeleceu a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável cujo objetivo é estabelecer indicadores, metas e ações concretas, unindo países na missão de erradicar a fome no mundo. “Um mundo que enfrenta ameaças crescentes exige que ajamos sem demora para acabar de salvaguardar os meios de subsistência, transformando nossos sistemas agroalimentares para preparar nosso planeta para o futuro e garantir resultados sustentáveis”, diz um trecho do documento.
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