Poder transformador da educação é celebrado em março
No dia 15 de março é comemorado o Dia da Escola. Mas você já pensou na importância dessas instituições na vida dos brasileiros? Elas são espaço de convívio, construção de conhecimentos e desenvolvimento. Mas nem sempre foi assim. No período colonial o acesso era restrito às elites. No último século o ensino público no Brasil sofreu muitas transformações. As previsões para oferta de educação, no campo e na cidade, mudaram conforme as necessidades de cada época. O forte período de industrialização, o êxodo rural e o crescimento dos centros urbanos contribuíram para fragilizar o ensino em muitas localidades.
Foi apenas na Constituição Federal de 1988 que a educação passou a ser um direito fundamental, assegurado a toda população. Em seu Artigo 6º, o texto constitucional diz que “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados”.
Minas Gerais é o quarto maior estado da federação, possui 853 municípios e mais de 26 mil instituições de ensino (segundo dados do IBGE no censo de 2010). Na Rede Pública Estadual são 3.795 escolas que atendem 1,7 milhão alunos. Desse total, 310 unidades atendem à zona rural.
Em uma Rede tão extensa, as políticas públicas precisam ser pensadas para alcançar todas as comunidades. Para Áurea Batista Reis, diretora da Escola Estadual Caio Martins, localizada em Januária, município do norte mineiro, comemorar a data é fundamental para manter os laços entre a comunidade e a instituição. “Celebramos o quanto a escola é importante em nosso cotidiano. Ela possibilita, por meio da convivência entre os alunos, servidores e comunidade, trocas de conhecimento, amadurecimento intelectual e socialização além de muito aprendizado, experiências incríveis e, consequentemente, ampliação de conhecimentos. Somente a escola é capaz de proporcionar tudo isso”, disse.
A Fundação Educacional Caio Martins dá sua contribuição para uma educação de qualidade, sobretudo nas zonas rurais do estado. Com oito escolas estaduais sob a sua gestão, em 2022 lançou uma nova proposta pedagógica, reforçando o compromisso com a “Educação para Autonomia”. Conforme a Proposta, as ações são elaboradas e implementadas focando o desenvolvimento integral do indivíduo, contando com projetos educacionais e socioprodutivos visando, além da educação regular, projetos que incentivam a geração de trabalho e renda para alunos dos últimos anos escolares, atendendo, também, suas famílias. O escopo das atividades das escolas sob a gestão da Fucam prevê, para os cidadãos, uma educação conexa com conhecimentos historicamente sistematizados e a realidade social da comunidade.
Tanto nas ações de educação quanto de sociais e produtivas, a Fucam busca ampliar oportunidades no ambiente rural, valorizando a produção agrícola familiar, permitindo que cada aluno seja um agente de mudança no meio onde vive. A instituição também oportuniza conhecimento técnico, pautado na modernização do campo, na qualificação profissional, para alavancar o crescimento das cidades onde está instalada.
Unidades
Os Centros Educacionais e as escolas da Fundação Educacional Caio Martins estão instaladas em Diamantina, Região Central de Minas; Esmeraldas, Região Metropolitana da capital mineira; Buritizeiro, Januária, Juvenília, São Francisco e Riachinho, na Região Norte do estado. 2137 alunos estão matriculados nas 8 escolas estaduais geridas pela Fucam neste ano de 2023. Já os Centros Educacionais recebem centenas de atendidos pelas capacitações ofertadas durante o ano, bem como nos cursos técnicos e de formação inicial e continuada. Os Centros ainda propõem projetos elaborados pensando em cada realidade social das regiões onde estão instalados, como os destaques da Apicultura, das hortas orgânicas e comunitárias, panificação e processamento de alimentos.
TEXTO: David Santos, Matheus Arvelos e Cleria Marques