Inclusão é lembrada no dia Mundial da Educação
O dia 28 de abril é um marco para centenas de países que se uniram em um movimento em favor da educação. Segundo informações divulgadas no site do MEC, durante o Fórum Mundial de Educação que aconteceu no ano 2000, na cidade de Dakar, no Senegal, líderes de 164 países, entre eles o Brasil, se comprometeram com objetivos e metas para fomentar o desenvolvimento de políticas educacionais.
Mais tarde, em maio de 2015, durante o fórum ocorrido na Coreia do Sul, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), junto com outros organismos internacionais, criou o Marco de Ação da Agenda Educação 2030. O documento, disponível no site da organização, prevê a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável para a Educação, o qual visa "assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.”
Os objetivos e metas globais propostos na agenda tem foco nos cinco princípios: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria. "As metas da Educação 2030 são específicas e mensuráveis, e contribuem diretamente para alcançar o objetivo geral. Elas representam um nível global de ambição que deveria incentivar os países a se empenhar por um progresso acelerado”.
A gerente de ações educacionais (Gaed) da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), Esther Augusta Nunes Barbosa, afirma a relevância da data e lembra que ainda é preciso continuar lutando pela causa. “Dia para comemorar os avanços que tivemos ao longo da história no âmbito da educação básica, mas também um dia para nos lembrarmos e lutarmos por uma educação cada vez mais inclusiva e de qualidade”, declara.
A educadora ainda diz que a fundação trabalha para “para implementar e consolidar projetos e ações que impactem positivamente escolas e comunidades que muitas vezes não são beneficiadas pelas grandes políticas públicas em função de suas especificidades”.
Para ela, a qualidade da educação básica não depende exclusivamente da formulação e implementação dessas políticas, mas da participação de outros atores. “ Demanda a participação e engajamento de toda a comunidade escolar, o olhar cuidadoso de pais e responsáveis e uma gestão democrática que saiba valorizar os saberes e anseios de seus estudantes”.
Educação para autonomia
A Fucam, desde sua criação há 75 anos, estabelece suas ações visando a inclusão dos segmentos mais vulneráveis da sociedade em políticas públicas de qualidade. Nesse sentido, elaborou o Programa Educação para Autonomia, o qual estrutura-se com base na oferta articulada de ações educacionais e socioprodutivas.
O objetivo central do programa é reduzir a vulnerabilidade favorecendo a pessoa para construir uma trajetória para a autonomia.
Atualmente, a fundação faz a gestão de oito escolas estaduais, instaladas em cidades do interior de Minas Gerais, onde oferta ensino fundamental e médio.
Em algumas dessas escolas, os alunos do ensino técnico têm jornada integral para desenvolver atividades da agropecuária como manejo de animais e cultivo de horta.
Nesta semana (25 e 27 de abril), os centros educacionais de Juvenília e Januária,cidades localizadas na região Norte e extremo Norte do estado recebem a implantação de hortas agroecológicas. Elas servirão de laboratório para os alunos que, por meio de atividades pedagógicas multidisciplinares, poderão desenvolver habilidades e competências previstas no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) e na base nacional Comum Curricular (BNCC).
Foto: arquivo
Conheça o documento da Unesco “Educação 2030”
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000245656_por/PDF/245656por.pdf.multi