Data ressalta importância de destinação correta do lixo
Cada pessoa gerou mais de 1kg de lixo, por dia, totalizando 381 kg por ano, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2022, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Ao todo, foram produzidos 81,8 milhões de toneladas de resíduos nas áreas urbanas do país.
Tanto lixo produzido assim deve nos servir de alerta para a relevância do Dia Nacional da Reciclagem, lembrado nesta quarta (17/05). A data visa conscientizar a população sobre a necessidade da implementação de coletas seletivas, proporcionando separação e destinação de materiais para reciclagem e reaproveitamento. O que pode minimizar danos causados ao meio ambiente devido ao descarte incorreto de produtos.
Dados da Abrelpe ainda revelaram que 74% dos municípios brasileiros fazem coletas seletivas, mas ainda de forma incipiente em muitos locais, refletindo na “sobrecarga do sistema de destinação final e na extração de recursos naturais, muitos já próximos do esgotamento”. Quase 1.500 municípios brasileiros ainda não contam com coleta seletiva.
Secos e orgânicos
Conforme o documento, o Brasil contabiliza 27,7 milhões de toneladas anuais de resíduos recicláveis. “Embora os materiais recicláveis secos tenham ampliado sua participação no total de resíduos sólidos urbanos (saindo de 31,7% em 2012 para 33,6% na última pesquisa), a fração orgânica permanece predominando como principal componente, com 45,3%, o que representa pouco mais de 37 milhões toneladas/ano”.
Segundo a pesquisa, os resíduos recicláveis secos são compostos basicamente por: plásticos (16,8%, com 13,8 milhões de toneladas por ano), papel e papelão (10,4%, ou 8,57 milhões de toneladas anuais), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%). Materiais sanitários, não recicláveis são classificados como rejeitos e correspondem a 14,1% do total. Já os resíduos têxteis, couros e borrachas detêm 5,6% e outros resíduos, 1,4%.
Aliados naturais
Na cidade de São Francisco, extremo Norte de Minas, alunos da Escola Estadual Tarcísio Generoso, gerida pela Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), aprenderam sobre o tratamento do lixo orgânico a partir de um minhocário.
Tarcilaine dos Santos, professora do curso de agropecuária da Escola Estadual Tarcísio Generoso tem ensinado aos alunos como explorar as técnicas de criação de minhocas e o potencial delas na produção de fertilizante orgânico. “O material, além de barato, evita geração decomposição de lixo tóxico e gás metano que são grandes inimigos do solo, dos lençóis freáticos e da atmosfera”.