Em 1969 aconteceu em Esmeraldas o primeiro encontro de ex-alunos.
As escolas Caio Martins foram criadas no período de 1948 a 1956, nas cidades de Buritizeiro, Esmeraldas, Januária, Juvenília, Riachinho e São Francisco. Durante seus mais de 70 anos de existência, atendeu mais de 80 mil alunos, oferecendo educação básica e formação voltada às práticas no campo para crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade social.
Naturalmente, o desejo de reencontrar os colegas brotou no coração de cada um que passou pela Caio Martins e, em 1969, foi realizado o primeiro encontrode ex-alunos, no Centro Educacional de Esmeraldas (CEE) , no dia 1º de Maio.
Por que 1º de maio? Os fundadores da Caio Martins, Coronel Almeida e sua esposa D. Márcia Almeida, devotos de São José Operário, implantaram nas escolas uma pedagogia que valorizava o ensino formal associado ao ensino de um ofício àquelas crianças, possibilitando-as ingressar no mundo do trabalho tão logo concluíssem os estudos. Assim, o Dia do Trabalhador e também Dia de São José Operário foi escolhido para o encontro de ex-alunos.
Ao longo dos anos, este encontro tornou-se tradição, sempre realizado no CEE em 1º de maio.
Neste 2020, devido à pandemia de Covid-19, o encontro de ex-alunos infelizmente precisará ser cancelado. Emerson Ricardo Campolina, Coordenador do CEE, e Dedilmo Pereira Duque, Vice-Coordenador, que compõem a comissão organizadora do evento, esclarecem que para este ano a proposta era realizar um resgate da história da Fundação, por meio de apresentação por ex-alunos das músicas ensinadas pela D. Márcia, “causos”, brincadeiras da época, fotos das diversas turmas e eventos, atividades como o escotismo, dentre outras coisas.
Alvimar José Tito, Presidente da Fundação Educacional Caio Martins, lamenta o inevitável cancelamento do encontro: “estávamos preparando um encontro com o objetivo que todos revivessem momentos tão alegres e importantes de sua juventude na FUCAM”, mas ressalta que “acredita que a Comunidade Caiomartiniana estará unida em pensamento e coração, não só neste 1º de maio, mas sempre, pois a história de vida de muitos foi profundamente marcada pela obra da FUCAM, construída por seus fundadores, bandeirantes, professores, alunos e funcionários.”