Foi realizado no dia 21 de maio, no Centro Educacional da Fundação Caio Martins (FUCAM), em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, o 1º Seminário Regional sobre o potencial de desenvolvimento do cultivo e extrativismo do Coco Macaúba.
Participaram moradores e produtores da região, representantes da Prefeitura de Esmeraldas, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Cooper Riachão, entre outras instituições.
O Seminário foi oferecido gratuitamente pelo INSEA em parceria com a FUCAM, com o propósito de fomentar o plantio, o extrativismo e a produção de Coco Macaúba em Esmeraldas e adjacências, onde há um grande maciço da espécie.
O INSEA compartilhou que pretende montar uma planta de beneficiamento do Coco Macaúba em seu Parque Tecnológico da Reciclagem Popular – Ciclos, instalado na Fazenda Sítio Novo, por meio de parceria de permissão de uso firmada com a FUCAM, para produzir os óleos necessários para fármacos e cosméticos, além de alimentos, ração, insumos para agricultura e biodiesel.
“O mundo exige de nós a transição para uma nova consciência econômica e ambiental, em que é necessário devolver os recursos naturais e resgatar valores humanos para relações mais saudáveis. Rumo à Economia Circular é preciso pensar um modelo virtuoso onde o recurso é um bem e os atores se conectam unindo forças e vencendo a ideia de concorrência. É nesse sentido que estamos pensando o coco macaúba, juntando expertises de governo, instituições, universidades e pessoas, para estabelecer ecossistemas cooperativos com economias locais fortalecidas”, anuncia Luciano Marcos Silva, diretor do INSEA e do Ciclos.
Alvimar José Tito, presidente da FUCAM, conta que a gestão está se empenhando para criar centros de referência de empreendimentos sustentáveis dentro dos já existentes Centros Educacionais, de modo a estimular possibilidades de trabalho e renda para as populações mais vulneráveis nas diversas regiões do Estado. “O Seminário foi muito instrutivo e trouxe informações relevantes para esse novo direcionamento. Assim como o INSEA, a FUCAM visa como resultado o bem-estar social e vamos trabalhar de forma articulada e intersetorial para gerar oportunidades às famílias”.
Todas as presenças e trocas do Seminário foram fundamentais para o primeiro passo de fomento ao desenvolvimento local a partir do cultivo e produção do coco macaúba na região metropolitana de Belo Horizonte. No início de junho, foi realizada uma primeira reunião que teve como objetivo instituir um grupo de trabalho com participação do INSEA, da FUCAM, de outras entidades e órgãos da administração pública, além de universidades, para desenvolvimento do projeto de beneficiamento da macaúba.
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Texto adaptado de Brígida Alvim http://www.insea.org.br/novo-horizonte-para-economia-mineira/
Foto: Brígida Alvim