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Apicultura, autonomia e sustentabilidade

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Produzir mel e derivados de maneira sustentável. Esse é o objetivo do projeto de incubação de empreendimentos em apicultura da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) que visa capacitar famílias em situação de vulnerabilidade para a produção de mel e derivados. As ações socioeducativas, que oferecem todo suporte necessário para o desenvolvimento de habilidades, visam o aumento da renda e a sustentabilidade das comunidades atendidas pelos centros educacionais da Fucam. 

A apicultura é uma técnica muito antiga de produção de mel a partir da criação de abelhas em apiários. O processo de manejo das colmeias é planejado para que haja mel o suficiente para manter o enxame e para extrair. O mel extraído é retirado dos favos, centrifugado, filtrado e disponibilizado para consumo ou comercialização. A criação do projeto faz parte das ações da Fundação que visam valorizar e explorar as potencialidades das regiões onde mantém suas atividades.

Hoje, os Centros Educacionais de Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte), Riachinho e Juvenília (no norte de Minas) já possuem empreendimentos em apicultura em andamento. O objetivo da Fucam é expandir as atividades para outras localidades.. 

A capacitação é dividida em três núcleos que trabalham o desenvolvimento subjetivo, o ofício e a economia ambiental. No primeiro são trabalhados temas como cultura, autoconhecimento, cooperação, responsabilidade social e cidadania, além de conteúdos básicos em informática e cultura digital. No segundo, denominado núcleo tecnológico, são apresentadas disciplinas relacionadas à apicultura, à biologia das abelhas, manejo, equipamentos, saúde, segurança e beneficiamento de produtos. Por fim, o aluno desenvolverá habilidades em gestão financeira, organização e formalização de empreendimentos, meio ambiente, sustentabilidade e mercado de bens e serviços ambientais. Ao todo, são 390 horas de conteúdo programático. 

O coordenador do Centro Educacional de Juvenília, Alaripe Gonçalves, explica que as atividades de capacitação são dinâmicas e promovem construções coletivas. “Durante as atividades desenvolvidas no projeto, os alunos participam de aulas práticas e teóricas. Já temos, no apiário, 15 caixas com enxames e mais algumas que ainda estão nos locais de captura das abelhas”, contou. Alaripe ainda destacou os benefícios do projeto para a comunidade. “Os beneficiários estão muito motivados e empenhados. Alguns alunos já são produtores de mel e comercializam para ajudar no sustento da família,  inclusive temos o mel produzido da flora e da resina da Aroeira que é raro e possui muitas propriedades medicinais”, explicou.

A manipulação do mel será realizada em uma estrutura pensada para beneficiar o insumo e deixá-lo apto para o consumo, explica Teresa Gusmão, da Gerência de Ações Socioprodutivas da Fucam. Segundo ela, na lógica de empreendimentos incubados, a Casa do Mel poderá servir de espaço para manipulação do alimento pelos beneficiários e, posteriormente, pela comunidade.  “O acompanhamento das atividades desenvolvidas pelas famílias será realizado por técnicos, visando garantir o funcionamento dos empreendimentos e a qualidade dos produtos”, completou. Ainda segundo Teresa, um dos objetivos do projeto é proporcionar autonomia financeira para os alunos, que poderão comercializar os produtos e, até mesmo, montar o próprio apiário. 

Público alvo 

O projeto foi desenvolvido para atender, preferencialmente, famílias do campo em situação de vulnerabilidade cadastradas no CadÚnico com renda familiar per capita mensal inferior a R$210,00 e residentes dos municípios atendidos pela Fucam. Em cada ciclo do projeto, são ofertadas 20 vagas por centro educacional. 

Produção

Minas Gerais é o quinto maior produtor de mel do Brasil, atingindo uma produção de 7,5 mil toneladas no ano de 2022. A informação é da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) que aponta os Vales do Jequitinhonha e Mucuri como maiores produtores, totalizando 22,7% da produção, seguido pelas regiões Central (15,2%), Sul (14,5%), Rio Doce (12,8%), Zona da Mata (11,3%), Norte (9,3%), Centro Oeste (6,4%), Triângulo (4,2%), Alto Paranaíba (2,3%) e Noroeste (1,2%).

Curiosidade

Acredita-se que a apicultura tenha surgido há mais de 4 mil anos (cerca de 2400 a.c) no antigo Egito, onde as abelhas eram aninhadas em potes de barro para produzirem mel. A prática também ganhou notoriedade junto aos gregos antigos, que aninhavam os enxames em recipientes de palha trançada. Por muito tempo as Abelhas foram consideradas sagradas e se tornaram símbolo de riqueza e poder.

No Brasil, a apicultura foi introduzida pelo padre Antônio Carneiro, em 1839, que trouxe, de Portugal, algumas colônias de abelhas da espécie Apis Mellifera para criação de apiários no Rio de Janeiro. Desde então, as técnicas para criação de abelhas e manejo de colmeias têm se difundido por todo o território nacional.

 

Remuneração pode chegar a R$ 15,6 mil por projeto

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A Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) está com processo seletivo aberto para credenciar profissionais que desejam lecionar no Projeto de Apicultura, nos municípios onde mantém apiários: Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Juvenília e Riachinho, estas últimas cidades localizadas no Norte do Minas Gerais. A remuneração paga aos professores poderá chegar a R $15.600,00 por projeto, com hora/aula a R$50,00.

O edital de credenciamento está aberto até as 17h do dia 28 de abril pelo SIGAC - Sistema de Gestão e Acompanhamento de Credenciamento, no site credenciamento.fucam.mg.gov.br. O prestador de serviço poderá se candidatar a apenas uma localidade de trabalho.

Clique no link para se inscrever:https://credenciamento.fucam.mg.gov.br

 Técnico em Apicultura

De acordo com a grade curricular, o curso está estruturado em módulos agrupados em três núcleos: competências socioemocionais, tecnológico e empreendedor. Portanto, profissionais de diferentes áreas do conhecimento podem se inscrever para serem contratados como professores do projeto socioprodutivo da Fundação.

Pessoas com licenciatura plena em qualquer área do conhecimento poderão se inscrever para o núcleo de competências socioemocionais, previsto para durar quatro meses.

Para o núcleo tecnológico, previsto para durar oito meses, poderão se candidatar aqueles que possuem  bacharelado em Administração Rural e Agroindustrial, Administração Rural, Agroecologia, Agronegócio, Agronomia, Ciências Agrárias, Ciências Agrícolas, Desenvolvimento Rural Sustentável, Agroecologia, Engenharia Agrícola, Engenharia Agronômica, Zootecnia; os que são licenciados em Ciências Agrícola ou Técnico em Agricultura, Agropecuária ou em Apicultura.

O terceiro núcleo é o de empreendedorismo e a oferta de vagas é para quem é graduado em Administração, Administração Pública, Ciências Contábeis ou Marketing. Este núcleo está previsto para durar cinco meses.

Fases da seleção

O processo está dividido em seis etapas, sendo o cadastro por meio do formulário disponível no SIGAC a primeira delas. Na sequência o candidato realizará a comprovação dos requisitos documentais. A terceira etapa será a divulgação dos candidatos aptos e inaptos. Caso o número de candidatos aptos para a função seja superior ao número de vagas disponibilizadas, a escolha será feita por sorteio em sistema eletrônico. Posterior a isso, o edital prevê etapa dos recursos, seguida da homologação e, por fim, a contratação obedecendo a ordem de classificação.

Local de trabalho

As aulas serão ministradas nos centros educacionais da fundação, instalados nos municípios mencionados. E em cada um deles, alunos e profissionais contarão com toda estrutura necessária como equipamentos e insumos possibilitando a capacitação, a partir de aulas teóricas e práticas.

Os estudantes vão aprender as técnicas da produção do mel, desde a criação das abelhas até a comercialização dos produtos, com professores que possuem vivência prática e teórica no setor.

Partindo da metodologia de incubação de empreendimentos, a Fundação pretende capacitar os participantes, visando à formação, não só para a produção e a comercialização do mel e seus derivados, como para fomentar  empreendimentos coletivos de apícolas. 

Potencial para sustentabilidade

Denominado “De Flor em Flor, um Favo de Mel”, o projeto de apicultura da Fucam é uma iniciativa de apoio à estruturação de apiários e casas do mel, buscando explorar o potencial de crescimento da cadeia produtiva da apicultura no estado. E, a partir disso, proporcionar a melhoria da situação socioeconômica da população do campo e o fortalecimento de ações sustentáveis.

Teresa Gusmão, da equipe da Gerência de Ações Socioprodutivas, explica que a Fucam desenvolve o Programa Educação para Autonomia, cujos pilares são a elevação da escolaridade e a inclusão socioprodutiva de famílias em situação de vulnerabilidade social, residentes nos municípios onde estão instalados os centros educacionais da fundação.

Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) apontam que a produção de mel no estado vem crescendo nos últimos anos. Minas é o quinto maior produtor de mel do Brasil, registrando uma média de produção de 7,5 mil toneladas no ano de 2022. A região que mais produz é a dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,representando 22,7%, seguido pelas regiões Central (15,2%), Sul de Minas (14,5%), RioDoce (12,8%), Zona da Mata (11,3%), Norte (9,3%), Centro Oeste (6,4%), Triângulo(4,2%), Alto Paranaíba (2,3%) e Noroeste (1,2%).

Nova live sobre foco e atenção tem inscrições abertas

Live 2 foco e atenção

Clique aqui e faça sua inscrição agora.

A Gerência de Ações de Ensino Superior da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) promoverá, no próximo dia 10 de abril, às 19h, uma live que discutirá o foco e a atenção dos estudantes em tempos de diálogo entre a educação e a internet. Este será o segundo encontro sobre o tema realizado em abril. 

A live será ministrada pela educadora e mestre em Educação, Cynthia Enoque, da Fucam. Segundo ela, a lógica digital, que opera com base na constante atualização de informações, está diminuindo o tempo de nossa atenção focada. “Quanto mais jovem é o indivíduo, mais drástico é o comprometimento do processo atencional”, explicou.

No conteúdo programático estão previstas explicações sobre processo atencional, tipos de atenção e técnicas para melhorar a atenção. Segundo Cynthia, compreender como funciona a atenção e as técnicas para melhorá-la são os principais objetivos da live.

Para participar da live é necessário se inscrever (clique aqui para realizar sua inscrição). O link para participação será enviado para o e-mail cadastrado na inscrição. O evento online é gratuito e os inscritos receberão certificado de participação. 

 

 

 

 

 Campanha de conscientização sobre o autismo é lembrada em abril

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Abril é o mês que abriga a campanha de conscientização para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O dia 02 foi escolhido pela Organização das Nações Unidas em 2007 para reforçar a importância dos cuidados, do correto diagnóstico, da inclusão e do combate ao preconceito.

Conforme explica a psicóloga e psicanalista Sthéfane Freitas, o autismo está classificado no Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM) entre os Transtornos do Neurodesenvolvimento. “É caracterizado, especialmente, pela dificuldade na comunicação e nas interações sociais, além de comportamentos repetitivos e restritivos. Essas características podem estar mais ou menos presentes dependendo do grau (leve, moderado ou severo) que o TEA apresenta”, explicou. Ainda segundo Sthéfane, um tratamento eficiente conta com uma equipe multiprofissional, que trabalhará para o bom desenvolvimento e para a inclusão. “Incluir as pessoas que possuem esse diagnóstico é de extrema importância, pois pode auxiliá-las a viver melhor e desenvolver suas habilidades sociais, além de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária”, completou.

O desenvolvimento, a aprendizagem e a inclusão de pessoas com TEA também passam pelo ambiente escolar, afirma a coordenadora do Centro Educacional da Fundação Caio Martins (Fucam) em Richinho, Hélvia Sales Franco Palma. Ela conta que a escola prima por um processo de inclusão com qualidade e equidade, sempre orientado pela legislação vigente. “É necessário garantir os direitos dos estudantes da educação especial, como o acesso às instituições escolares, ao currículo, à permanência e percurso escolar, bem como uma escolarização de qualidade, por meio da oferta dos atendimentos educacionais especializados", disse. Helvia explica, ainda, que as escolas contam com atendimento educacional especializado que visa complementar as atividades relacionadas à escolarização. “Esse atendimento suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e à independência na escola e fora dela”, reforçou.

Para ressaltar ainda mais a necessidade de trabalhar a inclusão com os estudantes, algumas atividades voltadas para o tema são promovidas pelas escolas, como é o caso da E.E. Jerônimo Pontello, em Couto de Magalhães, distrito de Diamantina. Géssica Oliveira, vice-coordenadora do Centro Educacional da Fucam no município, alerta que trabalhar a   inclusão de crianças com autismo é de extrema importância, pois visa proporcionar a oportunidade de receber uma educação de qualidade em um ambiente inclusivo e acolhedor. “Promover projetos voltados para a conscientização do autismo visa compreender que a pessoa com TEA pode e deve ser estimulada em suas habilidades sociais, emocionais e de interação.  Além da inclusão, Géssica explica que a inclusão de crianças com autismo nas escolas pode ajudar a reduzir o estigma, sensibilizando a comunidade escolar sobre as necessidades e potencialidades dessas crianças e promovendo uma cultura de respeito e aceitação da diversidade.

Hortas agroecológicas da Fucam servirão de laboratório para aprimorar desenvolvimento dos alunos e capacitação de comunidades

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Aprender e produzir. Uma combinação que a Fundação Educacional Caio Martins está transformando em oportunidade para alunos e comunidades em seus sete centros educacionais e oito escolas estaduais. Dois projetos da Fucam promovem a educação e também oportunidades de trabalho e renda por meio de hortas agroecológicas. Além das capacitações da ação "Educação para o Campo", em que famílias aprendem a cultivar hortaliças e legumes de forma orgânica, agora os alunos das escolas estaduais geridas pela Fundação contarão com o projeto “Horta na Escola - Plantando Sementes para o Futuro". Até agosto deste ano, todas as unidades da Fucam contarão com essas hortas que serão compartilhadas pelos dois projetos.

Viabilizado por um Termo de Cooperação Técnica entre a Fucam, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), a ação "Educação para o Campo" tem promovido ao longo dos últimos anos a capacitação de centenas de pessoas para fortalecer a agricultura familiar, desenvolvendo a autonomia por meio do empreendedorismo. Hortas vem sendo instaladas nos Centros Educacionais e famílias são cadastradas para cultivar nas terras da Fundação. Além do caráter educacional, há ainda, o apoio da Fucam que cede os insumos para os trabalhadores, objetivando a geração de trabalho e o reforço no orçamento familiar. A Seapa doou kits de irrigação, o que garantirá maior eficiência nas plantações.

Após a instalação da horta em Esmeraldas, em novembro de 2022, as unidades da Fucam de Januária e Juvenília, municípios do Norte de Minas, serão as próximas a implantar as hortas agroecológicas e realizar a capacitação de famílias para o manejo. A ação acontecerá nos dias 25 e 27 de abril. Além disso, as escolas dos Centros Educacionais da Fundação nesses municípios serão as primeiras a iniciar o projeto educacional “Horta na Escola - Plantando Sementes para o Futuro".

Os alunos vão participar de atividades pedagógicas multidisciplinares que favorecem o desenvolvimento das habilidades e competências previstas no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) e na base nacional Comum Curricular (BNCC). A horta na escola será um laboratório de experiências vivas para os estudantes, vai oportunizar meios para o desenvolvimento de ações que o façam exercitar a curiosidade intelectual, incluindo a investigação e reflexão para resolver problemas e criar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Além disso, vai conscientizar os estudantes sobre a importância da preservação de recursos ambientais para a produção sustentável de alimentos.

A diretora de Ações Educacionais, Sociais e Produtivas da Fucam, Roberta Moreira Guimarães, explica que as hortas funcionarão como laboratório para realização de atividades didáticas de forma interdisciplinar. “O objetivo é proporcionar ações pedagógicas, com atividades que possibilitem sensibilizar e motivar os estudantes a explorar as atividades da agricultura, ao mesmo tempo que estarão realizando atividades do ensino regular de ciências, geografia e até mesmo a matemática”, disse.

Os professores poderão incentivar os alunos a explorarem o trabalho de cultivo, fazendo conexão com diversas áreas do conhecimento. Os professores de Português, por exemplo, terão a possibilidade de ajudar o aluno no desenvolvimento de competências como ler e compreender diferentes tipos de textos e gêneros, ao propor e estimular pesquisas que abarcam assuntos relacionados ao plantio, à origem do nomes dos alimentos, além de praticar a escrita com a criação de conteúdos para a comunidade sobre a horta. 

Roberta ainda reforça que o projeto desenvolvido pela equipe da Gerência de Ações Educacionais prevê formação sistemática e continuada dos alunos como mecanismo para impulsionar mudanças na cultura alimentar, ambiental e educacional. Segundo ela, “o conhecimento pode ser aplicado na vida familiar dos estudantes e, como consequência, pode incentivar estilos de vida mais saudáveis", esclarece.

Ensino técnico

As capacitações ofertadas pela Fucam sobre o cultivo e implantação de hortas agroecológicas serão ministradas pela Emater-MG à comunidade neste mês nos Centros Educacionais de Januária e Juvenília. Para participar, os interessados deverão se inscrever no site da Fundação. 

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