As flores e a produção do mel

Desde os tempos antigos a atividade das abelhas chama atenção da humanidade. Acredita-se que a apicultura tenha surgido há cerca de 4 mil anos entre os povos sumérios e egípcios que aninhavam abelhas em potes de barro. A atividade se desenvolveu e, hoje, a produção de mel se tornou uma importante atividade econômica para muitas famílias. 

Em Januária, município do norte de Minas, alunos da Escola Estadual Caio Martins aprendem o ofício milenar por meio de um curso oferecido pela  Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) e pela Secretaria de Estado de Educação. Entre as disciplinas estudadas, estão a avaliação, identificação e levantamento de pastos apícolas.

Aline Dayane Lopes Miranda, professora do curso, explica que as plantas fornecem o néctar e o pólen para que as abelhas se alimentem e produzam mel. Esse alimento é encontrado com mais facilidade em locais denominados pastos apícolas, regiões onde as abelhas podem encontrar uma grande variedade de plantas com flores, elementos essenciais à apicultura. “Estamos seguindo para o último módulo do curso. Nessa etapa estamos desenvolvendo projetos para que os alunos coloquem, em prática, tudo que foi desenvolvido nos módulos anteriores”, contou. 

O empenho da turma encanta a professora, que se sente gratificada com os resultados de seus alunos. “Temos, no curso, alguns estudantes que já praticavam as atividades e outros que iniciaram com a gente. Como exemplo, temos um aluno, o Sr. Joaquim, que já  montou um apiário e fez sua primeira colheita de mel”, disse. 

O sonho de ser uma apicultura também move Romilda Aparecida Flores Souza, aluna do curso que relata sentir um enorme apreço pelas abelhas e pela atividade apícola. “Fui pegando amor e me identificando como apicultora, pois aprendi a me relacionar com os demais apicultores que frequentam o curso”, explicou. 

Hoje, o curso de apicultura da Fucam em Januária tem 22 alunos regulares. A oferta faz parte das ações educacionais da Fundação que visa levar educação para o campo e fomentar a geração de emprego e renda nas comunidades onde atua. 

Fucam forma novos técnicos em agroecologia

Alunos da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) de São Francisco, celebraram, no dia 06 de julho, a formatura do curso Técnico em Agroecologia. Após um ano e meio de estudos e dedicação eles receberam o certificado e poderão atuar como profissionais da área. Familiares, autoridades e convidados acompanharam a cerimônia. 

Brenda Rodrigues, da Gerência de Ações Educacionais, representou o presidente da Fucam, Frederico Corrêa Lima. Em seu pronunciamento ela destacou a importância das ações da Fundação e parabenizou os formandos e a comunidade pela conquista. “Por acreditar no poder transformador da educação no campo e para o campo, trabalhamos para que momentos assim sejam cada vez mais recorrentes em nosso território. A formação de pessoas no campo mostra o potencial de nossa terra, valoriza a cultura local e cria alternativas para que o solo permaneça rico. Assim, com pessoas cada vez mais capacitadas para promover um plantio consciente e um manejo responsável dos recursos naturais, valorizamos a biodiversidade local e  estabelecemos um equilíbrio harmonioso entre a agricultura e a natureza, garantindo a preservação das gerações futuras”, disse. 

A coordenadora do Centro Educacional de São Francisco, Adriana Rodrigues Pereira  destaca que é uma grande alegria concluir esta entrega à comunidade. “Por meio desta oportunidade, nossos alunos se tornaram conhecedores da produção pautada no viés ecológico visando a sustentabilidade e tendo conhecimento da produção sustentável, garantindo recursos e minimizando as degradações ambientais”, ressaltou. Ela ainda destacou as potencialidades da região e afirmou que os profissionais contribuirão com o mercado de trabalho com foco na base econômica regional: a agricultura e a pecuária.

O curso de Agroecologia é extremamente benéfico para a comunidade do município, conta Cláudia Alves de Almeida, engenheira agrônoma e professora do curso. “Haverá maior disponibilidade de mão de obra qualificada com foco na produção agrícola que respeite as características da região, produzindo de modo satisfatório sem alterar as relações de equilíbrio ecológico. Além disso, há o envolvimento dos estudantes diretamente no campo, contribuindo para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, com a produção de alimentos muito mais saudáveis e com mais qualidade na mesa do consumidor, por abrir mão de agrotóxicos e defensivos”, explicou.

Marise Garcia Soares, formanda do curso, já faz uso das técnicas aprendidas em seu dia a dia. Segundo ela, o curso superou suas expectativas. “Fiz o curso pois gosto de estar em contato com a terra e pelo conhecimento que me ajudará na agricultura familiar. Absorvi muito conhecimento, que já aplico tanto na horta que mantenho em casa quanto no projeto de horta comunitária da Fucam. Enxergo minha formatura como uma oportunidade de abrir portas para o mercado de trabalho”, contou. 

Ao todo, 19 estudantes se formaram técnicos em agroecologia e contribuirão para qualificar o mercado local.  Em seu percurso eles aprenderam a identificar potencialidades de produção no campo, planejando e gerenciando empreendimentos agropecuários de forma sustentável, além de técnicas para fortalecer a agricultura familiar regional.

Fotos: Elivelton Tomaz/São Francisco - MG

Brincar faz bem

É brincando que se aprende! O ditado popular nunca esteve tão certo. As brincadeiras fazem parte do processo de aprendizagem das crianças pois estimulam sua imaginação, criatividade e autonomia. Por isso, as brincadeiras fazem parte da proposta pedagógica da Fundação Caio Martins (Fucam), que valoriza a educação para a autonomia dos pequenos. 

Brenda Rodrigues, pedagoga e analista educacional da Gerência de Ações Educacionais da Fundação explica que o brincar envolve inúmeros processos que fortalecem a aprendizagem das crianças. “Entendemos que as brincadeiras livres, que exercitam o potencial de criação e imaginação das crianças, são essenciais para seu desenvolvimento. Ao brincar, elas assumem papéis e criam mecanismos para agir diante da realidade, se apropriam dos espaços e desenvolvem sua percepção de mundo e autonomia”, explicou. 

Para a psicóloga e psicanalista Sthéfane Freitas, as  brincadeiras são fundamentais em um ambiente escolar. “Brincadeiras são uma importante fonte de desenvolvimento cognitivo, motor e de sociabilidade. Através do lúdico que o brincar traz, tarefas desde as mais simples, como se alimentar bem, até às mais complexas, como realizar operações matemáticas e identificar emoções, são desenvolvidas”, contou.

As  brincadeiras  também são um recurso  para tornar o ambiente escolar e o processo de aprendizagem mais atraentes, explica a professora Valquíria Araújo Palma, da Escola Estadual Núcleo Colonial Vale do Urucuia, em Riachinho. “Engana-se quem pensa que, para estudar, é preciso estar dentro do ambiente escolar tradicional. Muito pelo contrário. Atualmente, o aprendizado fora da sala de aula é cada vez mais valorizado e eficaz”, disse. 

Torneio esportivo movimenta Centro Educacional de São Francisco

Alunos do Centro Educacional da Fundação Caio Martins (Fucam), em São Francisco, no norte de Minas, participaram, entre os dias 26 e 30 de junho, de campeonatos de futsal e vôlei promovidos nas oficinas de práticas esportivas ofertadas pela instituição. O objetivo é promover a interação e a cooperação entre os jovens. 

O professor do projeto, Silvano Mendes Batista, explica que a iniciativa proporciona práticas esportivas saudáveis, afastando os alunos do sedentarismo e contribuindo tanto com a saúde quanto com o desenvolvimento de habilidades. “Propusemos esse torneio para trabalhar valores importantes na formação integral dos alunos, como empatia, senso coletivo e fair play (jogo justo)”, disse.

A participação das famílias é fundamental para o sucesso das atividades, ressalta a coordenadora do Centro Educacional, Adriana Rodrigues Pereira. “O torneio conta com a presença de muitos pais, que relatam, inclusive, melhora do comportamento dos filhos em casa e na escola”, contou.  Ela ainda destaca que o projeto é muito reconhecido no município. “O objetivo é continuarmos exercendo o trabalho com dedicação e profissionalismo para que a Fucam siga com sua excelência, trazendo melhorias no ensino e formando, quem sabe, novos atletas”, comentou.

Atualmente, o Centro Educacional de São Francisco atende 184 alunos na oficina de práticas esportivas. Além do município, a Fucam mantém projetos em Esmeraldas, Buritizeiro, Januária, Juvenília e Riachinho.